terça-feira, 8 de março de 2011

Desigualdades sociais: A violência com face da educação


    Notoriamente, um fato muito polêmico é bastante discutido em nossa sociedade: As diversas faces da desigualdade social. Tudo bem  que isso é uma questão que merece extrema cautela, contudo está se tornando banal diante de nossas atitudes superficiais.
    Existem, hoje, diversas formas de desigualdades, no entanto, a precariedade da educação revela a principal face da insensatez humana.
    Dados da UNESCO revelam: o Brasil aparece em 37º lugar em educação, numa lista de 43 países pesquisados. Isso demonstra que os estudantes têm limitações em relação ao uso de ferramentas que auxiliam no desenvolvimento intelectual.
    Mesmo que numa situação deplorável, o drama da educação brasileira pode ser revertido. Porém, mesmo com um lema progressista, nosso país mostra a clara deficiência no campo educacional. Isso devido  à má distribuição de verbas, violência social, inconsciência e principalmente a inerte corrupção.
    Outro fato agravante é o desânimo dos professores, pois a violência torna-se acentuada em escolas publicas, fazendo com que estes profissionais fiquem receosos em dar aula por medo de constantes ameaças.
    Apenas 1 entre 3 jovens brasileiros de 14 a 18 anos está no ensino médio e 1 entre 3 alunos tem seu progresso impedido devido à violência escolar. Além disso, 97% das crianças entrem na escola, só que a grande maioria abandona os estudos e 41% não concluem o ensino fundamental.
    Logicamente, há um contraste notável entre a educação publica e privada, entretanto isso não é motivo para os governantes colocarem a educação como fato secundário, valorizando apenas seus interesses particulares.
    Como demonstra o documentário da Petrobras “Pro dia nascer Feliz”, a educação é vista como problema apenas nas grandes cidades brasileiras, porém existem pequenos municípios em que pessoas talentosas e inteligentes vêem-se menosprezadas devido à precariedade do que aprendem, e outras pessoas com boas condições financeiras, acabam tendo excelentes oportunidades, aparentemente por terem dinheiro.
    Claro, levando em consideração a nossa “brilhante situação política” e o nosso desenvolvimento educacional, a suposta universalização do “bom” ensino, só poderia ser digno de país subdesenvolvido.
    Portanto, uma atitude deve ser tomada, mas sem tornar piegas a situação da educação. Assim, devemos ter discernimento e cobrar de nossos governantes maiores investimentos em ensino público. Pois só com consciência ( nem que seja mínima), o Brasil poderá um dia honrar seu lema de Ordem e Progresso.


                                                                                 Juneo Daniel Rodrigues